Um caso de festa
Festa de aniversário infantil. Criançada correndo. Me pego dando um ehecachichtli (apito asteca da morte) para meu sobrinho. Rafael, pimpão, não pensa duas vezes e o usa.
O terror se alastra numa onda sônica, arrancando a carne de alguns de seus amiguinhos. Sim, estilo a Sindel de Mortal Kombat.
Logo depois, o agente Tomé pula o muro enquanto Nícolas junta os restos mortais e afasta Anacleto, o cão de Vó Lúcia. Sim, ele queria roer os ossos.
Estou lá, sem reação, suando frio. Tomé me passa uma cápsula e diz para tomar para me acalmar. Após isso, pergunta se estava com meu celular em mãos.
Saco o espertofone e Tomé pede para clicar no ícone que parece do whatsapp. Tomo a cápsula, minha mente gira e começo a ler as mensagens do grupo “Comida Requentada”.
Eu, Agente Valpa, estava em missão. Seres ctônicos haviam se infiltrado no bairro. Descobrimos que o apito asteca poderia os exorcizar, se usado por uma criança.
Mas eu não queria fazer isso de forma alguma. Foi quando meus colegas da Agência usaram o app embaralhador de memórias em mim. Lembrei de tudo, finalmente.
Fiquei chateado, claro. Fui enganado pelos meus companheiros. Não vou aliviar na avaliação quando voltarmos. Agora, e o caos na festa infantil? Como resolver isso?
Vó Lúcia dá um tapa no meu ombro e diz que já passou o app para todo mundo da festa por meio do grupo “Alerta do Bairro”. Em pouco tempo eles já terão a percepção da realidade alterada pelas mensagens que a divisão plantará.
Eu acho esse método muito bizarro, não concordo. Mas é o que temos pra hoje. Vejo de soslaio Nícolas guardando um ossinho no bolso. Algo me diz que este caso ainda não acabou…
* Esta foi a narrativa do sonho que tive, explicitamente inspirada no RPG Arquivos Paranormais e… digamos assim, no nosso mundo repleto de fenômenos insólitos…
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