Sobre respostas
Uma aluna perguntou como consigo responder questões que irritariam e até mesmo como conduzo o que normalmente é chamado de "treta".
Eu sigo alguns procedimentos ao iniciar interações, sobretudo em redes sociais: 1. Sinto cansaço?; 2. Sinto fome?; 3. Sinto nervosismo?; 4. Sinto solidão?
Estas 4 questões costumam impactar um tanto em como as respostas serão dadas. E, ainda que não seja possível resolver estes problemas, tê-los em mente ajuda a conduzir as conversas.
Depois desta autoavaliação, penso numa segunda lista: 1. Quem é a outra pessoa de forma integral?; 2. Quais as minhas relações prévias com a outra pessoa?; 3. Eu consigo aplicar uma interpretação generosa à sua fala?; 4. Qual os argumentos e objetivos de seu discurso?
E então, recorro à última lista: 1. Eu devo me expressar? É algo necessário?; 2. Quais os meus objetivos ao me expressar?; 3. Qual o repertório que devo usar para me comunicar?; 4. Como eu vou estruturar minha argumentação?
Longe de ser uma fórmula pronta, uma "cartilha" ou mesmo "etiqueta", é o que eu costumo seguir, até mesmo fora das redes. Isso torna minhas respostas talvez um tanto mais lentas e extensas, e sei que há prejuízo nisto.
Contudo, como gera uma discussão interessante no espaço educativo que me insiro, considerei interessante partilhar, pois vez ou outra comentam sobre minha paciência (não me considero paciente, aliás) ao interagir.