Olá, Encho! Finalmente tive tranquilidade para me ater ao seu texto. E foi fortuito tê-lo lido após ouvir a entrevista do autor do artigo ao Fernando Henrique do Holodeck no podcast As Regras do Jogo, no qual ele debate justamente este artigo.
É curioso como há pontos em seu texto que já havia criticado previamente (incluso as críticas ao não-jogo de Huizinga). Contudo, Ivan Mussa explica com mais cautela no podcast onde ele quis chegar ao tratar tanto o vídeo de Cr1t1c4l (e aqui vale ouvir que ele mesmo reanalisa o youtuber ao vê-lo na live de Among Us com a deputada Alejandra Ocasio Cortez, indicando que ele está imerso na difusão de um ideário, mas que, não necessariamente é fascista) e as nuances do criptofascismo.
Ocorre que o artigo estabelece alguns debates (dos grupos de pesquisa cibercog e redemetagame) que não ficam tão explícitos ali, algo comum em publicações acadêmicas e que o podcast ajuda bastante. Por exemplo, quando nós 2 sublinhamos a ausência da crítica estrurural e nuances mais mais críticas a instituições menos evidentes (como as plataformas de publicação e a própria “mídia especializada”), o pesquisador se posiciona de forma a nos acompanhar na entrevista.
Gostei muito do seu texto e penso ser extremamente relevante seguir criando espaços diálogicos e críticos. Me agrada demais uma apresentação coesa de argumentos que não refutam ou elogiam sem fim um outro texto. Rasura no binarismo contemporâneo. Além disso, me agrada muito o seu flerte com a ciência sóciocognitiva (campo atual do Ivan Mussa inclusive) e pedagogia (meu campo).
Abraços!